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Mulher.

Nordestina.

Cozinheira.

Em mim, carrego:
 

Uma vontade imensa de levar o meu Nordeste para o maior número possível de cozinhas no Brasil e no mundo.

 

Desejo de mostrar que nosso universo (onde habitamos) e nossa identidade (o que acreditamos) passam pelas nossas cozinhas e nossa boca. Escolher um ingrediente para alimentar sua família, receber os amigos é sim um ato político!

 

Explicar que sou cozinheira e como é possível fazer uma revolução silenciosa servindo jerimum, palma e arroz vermelho mundo afora. Essa é minha profissão. Chef é um cargo e o ato de cozinhar vai além de técnicas, além de um dólmã.

Vontade de convidar todos para a reflexão sobre o que é ser mulher em nossa sociedade. O peso que vem ao ser mulher na gastronomia (cozinha, salão, bar), na indústria de hospitalidade. E como isso pode se agravar ainda mais quando se é: mulher, cozinheira e nordestina.

O anseio de mostrar que comida brasileira vai além das fronteiras geopolíticas de nossos estados. Nossa gastronomia é espelho desse mosaico lindo e diverso com sotaques, conhecimentos, produtos. É colorido, efervescente e plural como as bandeiras de São João em Caruaru.

E a ambição de falar para meus colegas de profissão que é possível ser um profissional da gastronomia respeitado sem se machucar tanto. Nem física, nem emocionalmente. Precisamos trazer para nossa vida um outro jeito de fazer e ser gastronomia, mas isso não se faz sozinho. Nós, profissionais de hospitalidade, precisamos lembrar um ao outro que não é necessário ultrapassar limites do corpo e das relações para ser bom e respeitado. Dezesseis horas de trabalho na cozinha não pode ser romantizado. Esse tempo acabou!

Gi Nacarato
Cozinheira. Nordestina. Mulher.

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